De sorteios virtuais a entrega de presentes drive-thru: vale tudo para manter a tradição

Em anos normais, a essa altura do campeonato, já estaríamos empenhados em escapar do amigo secreto da “firma” ou até daquele organizado pelas nossas próprias famílias. Claro, ganhar presentes ou presentear alguém é sempre legal, mas a brincadeira é conhecida pelos constrangimentos que acaba provocando.

Mas, apesar dos eventuais micos, meias e pegadinhas estranhas, é preciso reconhecer que, em tempos pandêmicos e de distanciamento social, a vontade de “confraternizar” em um Amigo Secreto cresceu. Quem não está com abstinência de ouvir: “Meu amigo secreto é…”?

Por isso, muitas empresas e famílias pensaram em maneiras de fazer o amigo secreto sem aglomerar ou arriscar a saúde de alguém. Teve quem decidiu adiar o Natal para o meio do ano que vem, quem organizasse uma espécie de drive-thru para entrega de presentes ou se concentrasse em sorteios virtuais.

Nas empresas, os amigos secretos resistiram à pandemia. “A gente sentiu a necessidade de celebrar nossas realizações. Foi um ano em que a gente superou muitas dificuldades mesmo sem estarmos fisicamente juntos. A vontade era tão grande de participar que até quem é ‘garoto enxaqueca’ topou”, disse Rafaella Gobara, 39 anos, head de Consumer Experience da Pernod Ricard Brasil, e idealizadora do amigo secreto do grupo.

A solução foi organizar um sorteio digital. Os presentes foram enviados para a casa dos participantes – sem identificação do remetente. O compromisso era que eles só fossem abertos durante uma reunião pelo Zoom, em uma espécie de happy hour virtual. Por ser a distância, a brincadeira teve participantes de outros países.

“Eu nunca participei de amigo secreto corporativo, mas este ano o amigo secreto foi ressignificado. Mesmo longe, as pessoas se aproximaram”, disse Thiago Trevisan, de 24 anos, analista de marketing. “E olha que foi um desafio comprar um presente para o meu amigo secreto”, brincou.

De fato, o ambiente virtual substitui aquele falível saquinho de pano cheio de papeizinhos dobrados com o nome dos participantes. O advogado Fred Sabbag, de 35 anos, está organizando a brincadeiras por meio do site AmigoSecreto.com.br. “Sempre fui um cara meio contra Amigo Secreto. Achava uma encheção, mas com a facilidade de brincar pela internet, me empolguei. Fora que é muito mais responsável do que se enfiar em um shopping”, contou.

A plataforma informou que o site está crescendo de forma escalonada, com até 40 mil novos usuários por dia. No ano passado, sem pandemia no País, o site registrou mais de 2 milhões de transações com valor médio de R$ 70, movimentando mais de R$ 140 milhões. A expectativa é que neste Natal os números superem os de 2019.

Soluções

Já a empresária Flávia Fernandes, de 33 anos, contou que este será o primeiro Natal sem um Amigo Secreto realizado entre todos os membros da família. “Somos uma família católica, italiana e portuguesa. E sempre comemoramos a data com a matriarca. Mas, pela primeira vez, será cada um em sua casa.”

Mas a família de Flávia teve uma ideia para quando a vacina chegar: “A nossa avó, a matriarca, tem 85 anos. Não queremos perder um Natal com ela. Por isso, estamos pensando em organizar um Natal no meio do ano que vem, com direito a amigo secreto e tudo. É só a nossa avó estar segura e vacinada”, completou.

Quem não quer esperar até o ano que vem pode tentar a solução encontrada pela família de Douglas Henrique de Oliveira, de 34 anos, especialista em governança da tecnologia. “O sorteio foi online, mas a entrega dos presentes será no esquema drive-thru. A pessoa passa aqui em casa, deixa um presente e pega o seu. Tudo rapidinho e mantendo o distanciamento”, contou.

Adiados

O amigo secreto é uma tradição na família de Bruna Bonventti. Em Natais passados, a brincadeira reunia cerca de 40 pessoas – tios, avós, primos, sobrinhos e quem mais quisesse participar. Como sempre acontecia durante esses encontros, ninguém economizava abraços (demorados e apertados). “Nessa época do ano, a casa já estaria cheia, a gente embrulhando presente e planejando a festa…”, lembrou Bruna.

Mas, em 2020, a família da Bruna decidiu deixar o amigo secreto de lado. “Este ano não faria muito sentido. Muitas pessoas são do grupo de risco para a covid, a gente já teve casos na família. Este é um ano atípico. Não faz sentido quebrar a quarentena, mas é triste”, afirmou Bruna.

Em algumas empresas, essa também foi a decisão. Gustavo Viegas, diretor de pessoas e cultura da Cora, contou que a ideia de um amigo secreto foi ventilada, mas as dificuldades de dinâmica e logística fizeram com que eles optassem por outra saída. “Partimos para algo mais institucional. Enviamos cestas para que as pessoas pudessem aproveitar com as próprias famílias, em segurança e respeitando as regras de distanciamento.”

Fonte: https://es360.com.br/brincadeira-do-amigo-secreto-e-adaptada-para-os-tempos-pandemicos/

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